O GRUPO GIRAFOLES – IGUALDADE AO SOM DA GAITA DE FOLES

O GRUPO GIRAFOLES – IGUALDADE AO SOM DA GAITA DE FOLES

De cara alegre e sorridente, assumem que o pilar basilar da existência do grupo é divertirem-se e animar todos aqueles que por elas se cruzam.

As Girafoles são um grupo feminino de gaita de foles com sede em Vila Nova do Campo, nascido em fevereiro de 2008 fruto de uma brincadeira. “Os nossos maridos juntavam-se para tocar os bombos e nós queríamos tocar com eles e acompanhá-los nas suas atuações, mas eles não deixavam! Diziam que era um grupo só de homens e que nós não íamos para os copos com eles”, conta-nos Jacinta Azevedo entre sorrisos. Mas depois de tanta insistência e tanta nega as mulheres decidiram juntar-se e organizar-se também elas para aprenderem a tocar um instrumento. Estiveram em cima da mesa vários instrumentos como o cavaquinho, as concertinas, etc., mas foi sobre a gaita de foles que recaiu a escolha, o que no início parecia ser algo descabido. Perceberam, então, o enorme desafio que tinham assumido e descobriram que a gaita de foles tem uma grande tradição também em Portugal, especialmente na região transmontana, na região de Viana do Castelo, em Coimbra e em Setúbal.

Começaram do zero, procurando aprender com outros gaiteiros. “No início não foi fácil”, conta Jacinta, porque “é um instrumento muito caprichoso e sensível, que está muito dependente do estado do tempo” e que facilmente desafina, mas, ao mesmo tempo, é desafiante. Por outro lado, este instrumento consegue ser muito autónomo, no sentido em que “desde que tenha o fole cheio, só precisamos dos dedos para digitar as notas e o som sai”.

Desde sempre muito apoiadas pela comunidade gaiteira que as encorajou a não desistir, diz-nos que “é muito prazeroso sabermos que quando vamos tocar para fora estamos a levar o nome da nossa cidade e é com muito orgulho que carregamos a nossa identidade cultural e regional”, na medida em que as suas atuações já ocorrem um pouco por todo o País e além fronteiras.

No início eram mais numerosas, mas as mais jovens que integravam o grupo precisaram de sair para estudar, outras de procurar melhores ofertas a nível profissional, pelo que se torna complexo reunir e praticar. Assim, neste momento, o grupo é constituído maioritariamente por pessoas mais velhas, mas não é isso que as para! Procuram envolver crianças e jovens para as motivar para esta arte e, apesar das dificuldades em conciliar agendas num mundo de correrias e afazeres, seguem firmes na partilha deste saber e na atividade do grupo. Até porque, o sucesso do grupo “foi mesmo muita força de vontade, porque inicialmente foi muito difícil e foi mesmo na base da teimosia, mas agora ganhámos-lhe o gosto e não queremos deixar por nada.”

Assista ao vídeo:



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