A JEITOSA – ARTE E SABÃO NATURAL ARTESANAL

A JEITOSA – ARTE E SABÃO NATURAL ARTESANAL

Natural de Vila Nova do Campo, conta-nos que este projeto nasceu de uma necessidade familiar. O marido tinha, e ainda tem, um problema de pele e não conseguia, e ainda hoje não consegue, encontrar na oferta existente no mercado produtos eficazes para aliviar os sintomas. Desta forma e numa tentativa de ajudar o marido, Lurdes começou a fazer os seus próprios sabonetes. Começou pelo sabonete de aveia ao qual a pele do marido reagiu bastante bem e a partir desse momento foi desenvolvendo mais e mais, tendo por base a sua criatividade e a descoberta benefícios das matérias que nos chegam através da terra. O nome “A Jeitosa” é uma homenagem ao seu pai. Relata que o pai tinha jeito para tudo: “qualquer coisinha que lhe fosse parar às mãos ele arranjava”. Mas foi através do olhar atento dos filhos que observavam de perto o rigor e qualidade dos produtos que a Jeitosa começou a ser uma marca disponível no mercado.

Confessou-nos que inicialmente pensou que “não ia dar em nada”, pois não tinham estratégia de venda nem nada definido, porém, depois de em conjunto chegarem ao nome do projeto, tudo fluiu.

São sabonetes artesanais e naturais porque, diz-nos. “tudo o que eu como eu coloco no processo de produção dos sabonetes, tudo para ajudarmos a nossa pele, nutrir a nossa pele” e é desta forma que, combinando gostos pessoais e um processo de fabrico artesanal, nascem os bonitos sabonetes naturais da Jeitosa.

A Dona Lurdes não tem receio das palavras e partilhou que a grande diferença entre os sabonetes de saponificação artesanal ou natural e os industriais é que os primeiros vão deixar a glicerina pura no sabonete, ao passo que os industriais retiram a glicerina do sabonete, tornando-os mais agressivos para a nossa pele.

No processo diário de fabrico dos seus sabonetes, como gosta de chamar, dá preferência à utilização do leite, de várias proveniências (aveia, cabra, burra) e às argilas, ao carvão ativado e a tudo o que é natural. Neste momento está a avançar no processo de fabrico de sabonetes para bebés só com manteigas e óleo de amêndoa. Relativamente às matérias primas utilizadas, está neste momento a experimentar a produção própria, ainda que para já necessite de comprar muitas dessas matérias, desde o azeite extra virgem, óleo de coco biológico, óleo de ricínio, óleo de amêndoas doces, manteiga de carité, manteiga de cacau, etc.

A família também já se aventura na produção e comercialização de sais de banho, escalda pés, bálsamos labiais e está continuamente a pensar na evolução e afirmação desta marca.

Apesar disso, Lurdes relata-nos que ainda não consegue viver desta atividade, mas isso em nada diminui a forte conexão, desde a sua origem à escolha do nome, alcunha da família que orgulhosamente utiliza homenageando o seu pai.

Os filhos têm também cada vez mais interesse pelo processo: o filho mais velho já pensa em fazer sabonetes; a filha é quem gere toda a logística e todo o processo de comunicação, bem como a formação interna da equipa.

Pessoa a pessoa, necessidade a necessidade, passando a mensagem de que é importante cuidarmos da nossa pele com o mesmo cuidado que temos em outros aspetos do nosso dia a dia, sublinham a importância da utilização de produtos de qualidade.

Pouco a pouco, a nova geração vai também dando asas a um sonho antigo da mãe, a produção artesanal/natural de sabonetes e a criação de uma marca que se distingue no ramo da saponificação e que tanto orgulho traz à família.

Rua da laçeira nº16 – Campo de Madalena, Viseu



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